Projetos

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O besouro invejoso


Vocês já foram passear na roça? Vocês já viram que a noite, em alguns lugares escuros há um bichinho que tem luz muito bonita? Ah! E o vaga-lume.
Pois bem, da janela de sua toca, o besouro fungava aborrecido, olhando a lanterna verde que o vaga-lume acabara de acender. Quanto brilhava! Parecia uma pequenina estrela caída do céu. Tão linda!
O besouro era assim. Sempre queria ser igual aos amigos, aos vizinhos, aos parentes. Quando o gafanhoto comprou uma casaca verde e apareceu todo bonito na festa dos bichinhos, ele ficou de boca aberta – querendo ser como o gafanhoto.
Voltou para casa aborrecido e tristonho.
O que aconteceu – perguntou-lhe a mulher. Ele não respondeu e foi dormir todo zangado.
O mesmo aconteceu quando ele ouviu o canarinho cantando.
Que voz linda. – Pensava ele. – E eu não sou capaz de fazer um assobio.
E assim, sempre querendo ser como os outros, era um besouro triste.
Mas, o que mais irritava mesmo era o vaga-lume, pois, pensava ele:
O vaga-lume não é um bichinho como eu? Por que tem ele aquela lanterna verde tão bonita e eu não tenho?
De tanto se aborrecer com isso, o besouro resolveu abandonar tudo e ir morar sozinho na floresta. Mas ele ia tão afobado, tão raivoso, que não vendo os galhos secos de uma árvore, estes lhe feriram os olhos.
Ah! Que dor nos olhos! Quase não vejo nada.... Como poderei caminhar?
E ficou parado por instantes quando ouviu uma vozinha:
Que bichinho bonito, como ele tem as patas bem-feitas. São tão bonitinhas as suas patas! Como e o seu nome?
Mas, o besouro com olhinhos machucados não viu a formiga e como a formiga havia falado em bichinho bonito, ele não pensou que fosse com ele.
Fale o seu nome, eu sou a formiguinha.
Está falando comigo? Eu me chamo besouro. Machuquei os olhos nestes galhos.
Espere um pouco, vou buscar água fresquinha para banhá-lo e num instante ficara bom.
Enquanto ele esperava, ouviu outra voz:
Que bichinho interessante! Tão bonitinho! Ele tem o corpo coberto por uma capa preta!
Isso não é capa preta, são minhas asas...
Ah! Você tem asas! Pode voar. Oh! Como você e feliz!
Enquanto isso, a formiguinha já tinha chegado. Lavou os olhos do besouro, pôs uma pomadinha e ele passou a enxergar bem. Pode ver, então, que quem falava com ele era a minhoca. E olhando ao seu redor viu tantos bichinhos... uns pequenos, outros rastejando pelo chão, e, apesar de tudo viviam felizes.
Começou a pensar... olhou para as suas patinhas... tão bem-feitas. Olhou para suas asas fortes... sem elas nunca poderia voar. E tão depressa...
E o besouro continuou pensando: - Estes bichinhos não têm nada disso e vivem contentes, nem ficam irritados por não serem como eu sou... Ah! Eu também vou procurar viver alegre com o que eu tenho e não ficarei mais triste com a beleza do vaga-lume, nem de bicho algum.

Dinâmicas para trabalhar Valores e Contra Valores



Estourando balões

Objetivo:

Concluir que somos induzidos a vivenciar os contra valores.

Material necessário:

o   Bexigas
o   Palito de dente
o   Pirulito ou bombom

Procedimento:

Entrega-se um balão para cada participante e em seguida um palito de dentes, pede-se para todos se espalharem e diz o seguinte: ganha esta caixa de bombons quem conseguir ficar com o balão sem estourar. Sem que o instrutor mande todos os participantes correm para estourar os balões dos adversários para ganhar a caixa de bombons, mas geralmente não sobra nenhum balão. Depois o instrutor pergunta: em que momento eu mandei vocês estourarem os balões dos colegas? Distribuição dos doces.

Dinâmica: como transformar defeitos em virtudes?


Desenvolvimento: animador: "falando em cores do arco-íris...Vamos pensar na harmonia que existe entre elas, nas partículas de água que refletem de formas diferentes, na água que bebemos, no ciclo da vida... E vamos escolher uma bexiga que retrate uma das cores desse arco-íris que estamos vendo."
Os participantes, em posse de suas bexigas, fecham os olhos e ouvem novamente o animador:
-vocês terão que encher uma bexiga, ao máximo, sem estourá-la e não poderão abrir os olhos. Deverão segurar o balão apenas pelo "caninho".
O animador solicita aos participantes que encham cada vez mais os seus balões e, quando observar que várias bexigas já estouraram, promove a reflexão.
Pontos relevantes para serem refletidos:
*quando paro sem encher muito a bexiga, contento-me com o pequeno porque tenho medo! (colocamos menos do que poderia ser colocado).
*mais e melhor, até estourar! Exagero também é erro. (a regra era clara: não podia estourar).
Ter controle da situação é uma virtude, mas não posso querer controlar tudo!
Qual é o nosso ponto de equilíbrio?
É preciso ir em frente, porém, respeitando as regras do grupo, o limite do outro.
Nosso grande desafio é nos conhecermos melhor!
"não são as virtudes que dão grandeza ao homem, mas o homem que faz as suas virtudes!"


Ø Igualdade - Desigualdade 
Ø Tolerância - Intolerância 
Ø Bondade - Evil 
Ø Generosidade - Avareza 
Ø  Altruísmo - Egoísmo 
Ø  Humanidade - Crueldade;  
Ø  Verdade - Mentiras 
Ø  Justiça – Injustiça


Os Valores devem ser como rochas: resistentes e imutáveis

Objetivos:

 Concluir que as pedras (assim como os valores) são símbolo de resistência, durabilidade, peso, solidez e força.
   Deduzir que a rocha por séculos permanece imutável e estável. 
  “Os contra valores não podem ser como rocha, eles devem ser modificados”.
   Compreender que devemos tirar do mundo as pedras duras e frias (falta de compreensão de amor, de humildade...).
     Reconhecer que há pessoas que são usadas e pisadas como pedras pequenas.

Material necessário:

o Pedras pequenas, médias e grandes;
Duas garrafas pet recortadas para guardar as pedras;
o Papeletas;
o Canetas hidrográficas.

Procedimento:

o Colar nas pedras papeletas (valores e contra valores);
o Colocar sob a mesa dois recipientes transparentes;
o Coloque nos recipientes as pedras uma a uma.
o Reflexão
o Ao final ler e discutir:


               Um professor queria demonstrar um conceito aos seus alunos. Ele pegou um vaso de boca larga e colocou algumas pedras dentro. Então perguntou a classe: Está cheio? Unanimemente responderam: sim! O professor então pegou um balde de pedregulhos e virou dentro do vaso. Os pequenos pedregulhos se alojaram nos espaços entre as rochas grandes. Então, perguntou aos alunos e agora, esta cheia? Desta vez alguns estavam hesitantes, mas a maioria respondeu: sim! O professor então levantou uma lata de areia e começou a derramar a areia dentro do vaso. A areia preencheu os espaços entre os pedregulhos. Ela terceira vez, o professor perguntou: Então, está cheio? Agora, a maioria dos alunos estava receosa, mas novamente muitos responderam: sim! O professor então mandou buscar um jarro de água e jogou-a dentro do vaso. A água saturou a areia. Neste ponto, o professor perguntou para a classe: Qual o objetivo da demonstração? Um jovem e brilhante aluno levantou a mão e respondeu: Não importa quanto à “agenda” da vida esteja cheia, sempre conseguirá “espremer” dentro de mais coisas! Não, respondeu o professor, o ponto é o seguinte: A menos que você não coloque as pedras grandes em primeiro lugar dentro do vaso, nunca mais as conseguirá colocar lá dentro. As pedras grandes são as coisas importantes da sua vida: sua família, seus amigos, seu crescimento pessoal e profissional. Se você preencher sua vida somente com coisas pequenas como demonstrei com os pedregulhos, com a areia e água, as coisas realmente importantes, nunca terão tempo nem espaço em sua vida. Quando estiver incomodado coma falta de tempo para fazer suas coisas lembre-se da história sobre as pedras e o vaso.









quinta-feira, 5 de maio de 2016

ENSINO RELIGIOSO

Art.33 da LDB, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estabelece que: " O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação do cidadão, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo".
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso, "o Ensino Religioso necessita cultivar a reverência, ressaltando pela alteridade que todos são irmãos. Só então a sociedade irá se conscientizando de que atingirá seus objetivos desarmando o espírito e se empenhando, com determinação, pelo entendimento mútuo."

Meus alunos são obrigados a assistir às aulas de ensino religioso?

Tratando-se de uma instituição pública, não. O estudante só poderá cursar as aulas se a família consentir por meio de uma carta, que deverá ficar arquivada na secretaria. No entanto, mesmo com essa permissão, a criança tem o direito de optar por não frequentar as aulas. Por isso, a direção da unidade é obrigada a informar ao estudante que há essa escolha. E sob nenhuma hipótese ele poderá ser reprovado por falta ou nota - o que seria ilegal e inconstitucional.

Como devo lidar com a espiritualidade dos estudantes?

Os estudantes têm liberdade de crença, como qualquer cidadão brasileiro. Há tradições religiosas que pregam o monoteísmo, outras o politeísmo e as que nem sequer se referem a uma figura divina. Com relação a temas da espiritualidade, o importante é saber que temos de nos respeitar, sem constranger quem pensa de um modo distinto do nosso. Respeito independe de concordância e essa é a grande lição que a escola pode ensinar.

O que o Ensino Religioso precisa desenvolver no educando?

 A capacidade de observação, reflexão, criação, discernimento, julgamento, comunicação, convívio, cooperação, decisão e ação frente à realidade da vida. O Ensino Religioso é portanto, uma questão diretamente ligada à vida, e que vai se refletir no comportamento, no sentido que orienta a sua ética. O discurso do Ensino Religioso deve estar sempre amarrado na experiência cotidiana das comunidades que fazem a história. A dimensão cultural abrange as dimensões materiais, intelectuais e espirituais, e o fenômeno religioso vai se formando e transformando à base de uma contínua experiência histórica. É importante lembrar que a sala de aula não deve ser uma comunidade de fé, mas um espaço privilegiado de reflexão sobre limites e superações. Isto implica a necessidade de se construir uma pedagogia que favoreça tal perspectiva, porque o que objetivamos é fruto de uma experiência pessoal, na incansável busca de respostas para as questões existenciais. É preciso interpenetrar teoria e prática adequando as atividades, textos, linguagem aos educandos, buscando respeitar suas limitações e histórias de vidas já construídas.

Como deve ser o perfil do educador em Ensino Religioso?

 O Ensino Religioso tratando do conhecimento religioso, é ao mesmo tempo historicamente construído e revelado. Tendo em vista isso, os conteúdos são complexos em si e muito mais em seu tratamento na pluralidade e diversidade da sala de aula. Essa complexidade requer do educador um aprofundamento mais apurado, pois é na relação do conhecimento religioso próprio (do professor), com o conhecimento religioso do outro, que o educando vai se sensibilizando para o mistério, compreendo o sentido da vida e da vida além morte, elaborado pelas Tradições Religiosas. O educador, em Ensino Religioso hoje, precisa ter capacidade de viver num mundo em que as religiões se inter-relacionam umas com as outras, e onde é preciso aprender a conviver em termos de respeito e colaboração com os que pensam e creem de modo diferente.

Quais são requisitos básicos para um educador em Ensino Religioso?

Espírito de pesquisa; • respeito pelas demais tradições e manifestações religiosas; • clareza quanto à sua própria convicção de fé; • consciência da complexidade da questão religiosa; • sensibilidade à pluralidade; • livre de todo e qualquer preconceito; • amor incondicional ao ser humano. Esse profissional, se não tiver esses requisitos, deverá em última instância: a) estar aberto ao novo, admitindo que necessita capacitar-se; b) ter disponibilidade para o diálogo e capacidade de articulá-lo a partir do processo de ensino-aprendizagem; c) ser o interlocutor entre a Escola e a Comunidade, mediando possíveis conflitos; d) colocar seu conhecimento e sua experiência pessoal a serviço da liberdade de credo do seu aluno.

O novo no Ensino Religioso

O Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso, ao organizar a primeira Capacitação para o novo milênio escreveu: Tudo novo e nada de novo debaixo do sol. Todas as buscas do Transcendente se resumem na atitude concreta e universal de amar e ser amado. Só o amor é universal. Só essa ternura infinita que sentimos quando estamos encantados por uma pessoa ou por uma causa e que nos leva a uma entrega total de nós mesmos e que, em cada momento, nos surpreende com a infinita capacidade de doação que brota dentro de nós. O amor é a nossa causa comum. O amor que nos faz indignar com as injustiças e que nos cria solidários, sem perguntarmos a crença, com os que sofrem porque são humanos como nós. O amor que faz descobrir o milagre de que uma cesta com cinco pães e dois peixes não é suficiente até que comecemos a dá-los. Estamos no terceiro milênio. Todas as conquistas científicas, os avanços tecnológicos, a ânsia de domínio do mundo e dos outros, nada disto serve para nada diante da atitude e do sentimento pessoal do amor. Este é o segredo das religiões: podemos nos aposentar em tudo, a única coisa que nunca jamais nos aposentaremos é a nossa capacidade de nos apaixonar por uma pessoa ou por uma causa. Disto temos testemunhas em todas as religiões. As doutrinas e as instituições nos dividem. Só o amor nos une. Por isso, a Boa Nova se resumiu no amor. É ele que nos salva. Mas nos salva em todas as culturas e religiões. O Ensino Religioso Hoje significa isto. Que ele nos capacite para amar melhor e sem excluir ninguém. A escritora italiana Chiara Lubich introduziu uma concepção de amor realmente original para encaminhar os relacionamentos com o diferente, trata-se da “arte de amar”, que se articula em quatro modos de amar: - amar a todos, - amar sempre, - tomar a iniciativa no amor, - amar o outro como a si mesmo. Com eles, é possível não só administrar positivamente o relacionamento com os outros” sobretudo com aqueles que esperam de cada um de nós, um amor despretensioso.